15-01-2024

A frota ativa da CP e a regularidade e pontualidade do serviço

No atual panorama mediático, surgiram várias notícias que questionaram a qualidade do serviço prestado pela CP – Comboios de Portugal, especialmente desde o ano de 2019. Alega-se que há uma diminuição no número de comboios em circulação e um aumento nos atrasos. É fundamental esclarecer esta situação com factos e números concretos, demonstrando que a realidade é consideravelmente diferente das perceções recentemente divulgadas.

Contrariamente às informações que têm circulado, a CP tem, de facto, aumentado o número de comboios em circulação. Em 2019, a frota ativa da CP era composta por 375 unidades, incluindo 240 automotoras, 26 locomotivas e 109 carruagens. Este número tem vindo a crescer consistentemente ao longo dos anos. Em 2020, registou-se um incremento para 392 unidades. Em 2021, este número elevou-se para 412 unidades, e em 2022, observou-se um aumento de 18 unidades, totalizando 430. Até ao final do terceiro trimestre de 2023, a frota ativa da CP compreende 244 automotoras, 44 locomotivas e 154 carruagens, ou seja, mais 67 unidades do que em 2019, representando um aumento de 18%. Este crescimento, fruto do trabalho árduo dos trabalhadores da CP, refuta claramente a noção de que há uma redução no número de comboios em circulação.

A robustez deste crescimento é ainda mais evidente quando analisamos os números de passageiros transportados. Em 2019, a CP transportou 144,8 milhões de passageiros. Em 2022, atingiu-se o maior número de passageiros dos últimos 20 anos, ultrapassando o valor de 2019 em cerca de 3,2 milhões. Prevê-se que, apesar das greves e outros constrangimentos, o ano de 2023 tenha números significativamente superiores em alguns milhões de passageiros. Estes marcos só foram possíveis devido ao aumento e à eficiente gestão da frota.

É verdade que, nos últimos anos, registaram-se algumas alterações nos índices de pontualidade e regularidade. Contudo, é importante salientar que a maioria destas questões deve-se a causas externas à operação dos comboios. Em 2023, por exemplo, 90,4% das supressões deveram-se a greves, enquanto as restantes resultaram de acidentes, incidentes com passageiros e intempéries. Apenas 2,5% estão relacionadas com avarias no material circulante. Quanto aos atrasos, a grande maioria é consequência de obras de modernização nas vias-férreas, a cargo do gestor da infraestrutura que, apesar de temporariamente impactantes, são essenciais para a melhoria contínua da rede ferroviária.

Com isto, não pretendemos desculpar-nos, mas sim clarificar a situação atual. Reconhecemos que ainda há desafios a serem superados e aspiramos a um serviço ainda mais eficiente. Contudo, é essencial reconhecer a dedicação e o esforço diários de cada trabalhador da CP, que juntos garantem a operação de cerca de 1350 comboios diariamente. No seu posto de individual, cada trabalhador desempenha um papel crucial, contribuindo com grande empenho e dedicação com o objetivo de oferecer um serviço cada vez melhor aos nossos clientes.

A CP – Comboios de Portugal compromete-se a continuar a trabalhar arduamente para melhorar todos os aspetos do seu serviço, mantendo o público informado e esclarecido sobre a realidade das operações e os esforços em curso para a sua melhoria contínua.